13 fevereiro 2016

Ponte Sisto, Roma wiki

Carrier colocou uma nova questão: “Os quadrúpedes podem correr mais depressa em distâncias curtas, mas quem ganha em distâncias longas?” Determinou que numa caçada muito longa um bípede (ou seja, o Homo) consegue correr mais do que um antílope. Uma das razões é que quando as patas dianteiras de um quadrúpede tocam o solo, o impacto propaga-se pelas patas acima e comprime o tórax, tendendo a forçar o ar a sair dos pulmões. Por isso o animal deve sincronizar o passo da corrida com a respiração um fôlego por cada ciclo locomotor.
Por outro lado, um humano bípede tem mais liberdade para variar a sua passada. “Eles podiam ter perseguido livremente as presas a qualquer velocidade, de acordo com o seu limite aeróbico. Podiam pois ter escolhido a velocidade menos económica para um tipo particular de presa. Isto teria forçado a presa a correr de forma ineficiente, acelerando a sua eventual fadiga”. Contudo, o próprio Carrier reconheceu explicitamente que não era possível utilizar o cenário do corredor de fundo para explicar a emergência do bipedismo nos antepassados de Lucy.
A Hipótese do Símio Aquático - Elaine Morgan

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