28 novembro 2015



Andávamos em patrulha há cerca de três dias quando, numa tarde, avistei fumo saindo do mato à nossa frente. Sabíamos que não havia aldeias na zona, por isso prosseguimos com cautela. Uma hora mais tarde, distingui um pequeno quimbo junto a um leito do rio seco. Não havia guardas, embora ouvíssemos bastante barulho. Encontrávamos-nos ainda a 50 metros de distância quando vimos cerca de uma dúzia de homens reunidos à volta de um aparelho de rádio, com as suas armas por perto Todos eles, com expressões animadas nos rostos, escutavam o relato do jogo entre Portugal e Inglaterra. Estavam todos juntos como um grupo de rapazes e podíamos ouvir distintamente os comentários do sítio onde nos achávamos acocorados. Cada vez que a equipa portuguesa atacava, os terroristas rugiam de aprovação. Estes homens deviam estar em guerra contra nós... As suas vidas estavam em jogo e ainda assim encontravam-se completamente embrenhados num jogo de futebol. O nome Eusébio era mágico. Cada vez que falavam nele, aplaudiam. Teria sido fácil matar muitos deles do local onde nos situávamos mas como é que se consegue abater alguém que, ainda por alguns momentos, partilha as mesmas emoções que nos. Entre os meus próprios homens vi alguma tensão ao ouvir o resultado do jogo
Portugal e as Guerrilhas de África Al J. Venter

09 novembro 2015

Santa Maria Manuela, Pascoal, Gafanha Nazaré blog Argus, Pascoal blog

Duas outras características da gordura nos mamíferos aquáticos parecem apoiar a hipótese TSA. Uma é a distribuição da gordura corporal. Nos mamíferos terrestres uma elevada proporção de gordura encontra-se dentro da cavidade do corpo, em depósitos rodeando órgãos internos tais como os rins, o coração e os intestinos. Nos humanos, como em muitos mamíferos aquáticos, a gordura mostrou propensão para migrar para o exterior, rumo à superfície em algumas focas, por exemplo, até 99% do total está concentrado debaixo da pele.
A segunda característica é o modo como a gordura se relaciona com a pele. Os mamíferos diferem largamente neste aspecto. Num animal como o cão spaniel, a pele é flácida e desliza facilmente sobre o tecido subjacente. O mesmo acontece com o coelho: ao esfolar um coelho, o cozinheiro descobre que a pele sai prontamente de uma só vez, deixando quaisquer depósitos de matéria gorda agarrados à carne que lhe está subjacente. No extremo oposto temos o porco paquidérmico, no qual a camada de gordura está firmemente agarrada à pele. A gordura humana encontra-se na mesma extremidade deste espectro que o porco e os mamíferos aquáticos.
A Hipótese do Símio Aquático - Elaine Morgan

05 novembro 2015

Vela, Ria de Aveiro

It will not be humans who watch the sun's demise, 6bn years from now. Any creatures that then exist will be as different from us as we are from bacteria or amoebae. Martin J. Rees

02 novembro 2015



“A explosão câmbrica, se assim se lhe pode chamar, foi provavelmente mais um aumento do tamanho do que um aparecimento repentino de novas configurações estruturais”, diz Fortey. “E pode ter acontecido muito rapidamente, portanto, nesse sentido, suponho que se lhe possa chamar uma explosão.” Crê-se que, tal como os mamíferos tiveram de esperar durante cem milhões de anos até os dinossauros desaparecerem, surgindo, ao que parece, em grande profusão por todo o planeta, também os artrópodes e outros seres triploblásticos devem ter aguardado, no anonimato semimicroscópico, o desaparecimento dos organismos ediacaranos dominantes. Diz Fortey: “Sabemos que os mamíferos cresceram abruptamente em tamanho após o desaparecimento dos dinossauros embora, quando digo abruptamente, esteja a falar em sentido geológico. Continuamos a falar de milhões de anos.”
Breve história de quase tudo, Bill Bryson
Stand Up Paddle, Ria de Aveiro

depression is believed to be the result, at least in part, of a problem in the production of certain key brain chemicals, in particular the neurotransmitters known as serotonin, dopamine, and norepinephrine. These are the chemicals that regulate mood, that contribute to feelings of confidence and mastery and pleasure. Drugs like Zoloft and Prozac work because they prompt the brain to produce more serotonin: they compensate, in other words, for the deficit of serotonin that some depressed people suffer from. Nicotine apears to do exactly the same thing with the other two key neurotransmitters - dopamine and norepinephrine. Those smokers who are depressed, in short, are essentially using tobacco as a cheap way of treating their own depression, of boosting the level of brain chemicals they need to function normally. This effect is strong enough that when smokers with a history of psychiatric problems give up cigarettes, they run a sizable risk of relapsing into depression. Here is stickiness with a vengeance: not only do some smokers find it hard to quit because they are addicted to nicotine, but also because without nicotine they run the risk of a debilitating psychiatric illness.
The Tipping Point, Malcolm Gladwell